“E todo o tempo que não é
reconhecido pelo coração fica perdido como as cores do arco-íris para um cego
ou a melodia de um passarinho para um surdo. Mas existem infelizmente, corações
cegos e surdos, que nada reconhecem, apesar de baterem.” Michael Ende in Momo.
Pois é! Há uns tempos atrás
perdi-me. Deixei de reconhecer o tempo com o coração. E é tão fácil fazê-lo!
Essa marca do passar pelas coisas, de vivê-las. Esse “contador” de dias, horas, segundos é tão óbvio e presente que, nos esquecemos da sua existência.
Mais surpreendente é que no há
tempo sem coração, sem emoção, sem sentidos, sem Ser. Por vezes, ficamos presos
num tempo que foi e não voltará nunca ou vivemos na expectativa de um futuro
que virá. O resultado desta equação existencial é o nada reconhe-Ser. Porquê?
Deixamos de sentir o momento, de
o viver, apreciar. E pior ainda, sem essa consciência, sem esse reconhecimento da
vida que passa, será que podemos dizer que vivemos? Eu acho que não.
Por isso, iniciei um processo de
reconhe-sentimento. Talvez este processo não tenha sido consciente mas foi
acontecendo e que “admirável mundo novo” re-descobri!
Maravilhar-me da simplicidade de
tudo o que é agora, viver o tempo presente, sentir no momento sem ter a
ansiedade como convidado indesejado. Claro que continuo a relembrar, só que com
mais ternura e clareza. E quanto ao futuro…será com toda a certeza …novo.
e viva o novo futuro.
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